O que faz
Os engenheiros metalúrgicos têm competência para projetar e desenvolver novos materiais metálicos, ou seja, estudam os metais e suas aplicações na indústria. Eles atuam na extração, no tratamento e na redução e refino dos minérios para obtenção do metal. Supervisionam os processos de fusão ou fundição e podem atuar no desenvolvimento, na produção e aplicação de metais e ligas nos diversos setores industriais. O engenheiro metalúrgico é preparado para desenvolver novos materiais e processos de produção de peças, máquinas e estruturas. Pode-se dizer que esse profissional atua durante todo o processo, desde a extração do minério, na segregação do metal, no desenvolvimento de novas ligas metálicas, até a obtenção de produtos, como por exemplo, automóveis, aviões, navios, eletrodomésticos etc. Outra atividade para o engenheiro metalúrgico é a administração, gestão de recursos humanos e gestão financeira em indústrias. Na prática, esse profissional está apto a atuar em qualquer empresa que, de alguma forma, trabalha com metais. Como exemplos do fruto do trabalho deles no nosso cotidiano, temos os vergalhões de aço, que fazem parte da estrutura de nossas residências, e utensílios de aço inoxidável, como talheres, geladeiras e lavadoras de roupas. Os chassis e motores dos carros são feitos com componentes de aço ou alumínio. Implantes de titânio são utilizados para a recuperação de fraturas ósseas; e aparelhos ortodônticos utilizam fios de “ligas de memória de forma” de níquel-titânio para a correção da arcada dentária.
O que estuda
No início do curso o aluno recebe aulas das disciplinas básicas comuns às engenharias, como Cálculo, Física, Química, Álgebra e Estatística. Fazem parte ainda da integralização curricular: Fundamentos de Tecnologia Mineral, Tratamento Térmico de Ligas Metálicas, Transformação Mecânica dos Materiais, Biomateriais, Problemas Ambientais na Indústria Minerometalúrgica e Metalurgia Física das Ligas Ferrosas.
Área de atuação/Mercado de trabalho
Boas perspectivas para os engenheiros metalúrgicos na Região Nordeste: na Bahia há uma siderúrgica em funcionamento. No Maranhão, a produção de gusa e alumínio demandam metalurgistas. Além disso, há perspectivas de novos empreendimentos como siderúrgicas e refinarias aqui no Ceará, no Maranhão e em Pernambuco e a exploração de urânio em Itatiaia, Minas Gerais. De fato, a empregabilidade está em alta em todo o País. Chances em refinarias e na indústria nuclear. Com o Brasil ocupando as posições de maior produtor de aço da América Latina, e entre os 10 maiores produtores do mundo, o mercado não poderia ser desfavorável. Ademais, os profissionais na área ainda são poucos, quando comparados com as outras engenharias. Além de siderúrgicas, podem atuar em indústrias automobilísticas, de extração mineral, mecânicas, navais, petroquímicas, nuclear, de metalurgia, aeronáutica e de fundição extrativa mineral. Outras possibilidades estão no setor público, em bancos de investimento e desenvolvimento, e na consultoria. Se quiser trabalhar como pesquisador e ter uma vida acadêmica, o engenheiro metalúrgico tem a possibilidade de atuar em instituições de pesquisa ou laboratórios e em universidades, como docente. Uma particularidade para o engenheiro metalúrgico formado na UFC é a possibilidade de graduar-se com a habilitação em materiais, o que amplia ainda mais o seu campo de atuação. Com isso, o profissional poderá trabalhar também em empresas de plásticos, borrachas, vidros e cerâmicas.
Como é o curso na UFC
O Curso de Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal do Ceará foi criado em 2005, e atualmente, são oferecidas 60 vagas/ano. A carga horária é de 3.600 horas, distribuídas ao longo de 10 semestres. O curso é diurno e integra a unidade acadêmica Centro de Tecnologia, no Campus do Pici.
Fonte: Engenharia Metalúrgica UFC